Filhos de Escotistas têm mais chances de conquistar distintivos especiais?


Tenho percebido, com bons olhos, nos últimos 3 anos que o número de pais que são Escotistas aumentou significativamente dentro do Movimento Escoteiro. Percebo também que os filhos desses escotistas, em sua maioria e salvo as raras exceções, não são “manga lisa”, muito pelo contrário, esses jovens são quase sempre cheios de distintivos e muitos atingem o “grau máximo” em seus ramos, muitos chegam a receber os distintivos especiais de Cruzeiro do Sul, Lis de Ouro e Escoteiro da Pátria.

Para quem pensa que vou dizer que esses pais facilitam a vida dos jovens ou acha que esse será mais um texto como o ESCOTEIROS DO MAR OU MÁ ESCOTEIROS, não é não. Não quero, nem vou gerar polêmica. Quero sim, destacar o que temos a aprender com essa dupla de pais e filhos ambos escoteiros, atingindo o sucesso em seus ramos. Não sou pai, mas acredito que nenhum chefe descente facilitaria a vida do filho dentro do movimento, facilitando as etapas de sua progressão, muito pelo contrário exigiria ainda mais, para ficar ainda mais bem feito. Salvo as raras exceções!

Cheguei a Escoteiro da Pátria numa época de etapas e programa escoteiro diferente da atual, e meus pais nunca foram ligados ao Movimento. A maior dificuldade que encontrei na época de sênior era achar alguém que pudesse avaliar minhas etapas de forma constante e sistemática, alguém que minimamente poderia dizer “eu vi você fazer certo!". Aqui destaco o primeiro segredo de pais e filhos escoteiros. Esses pais escotistas tem tempo e a capacidade de observar os filhos com mais proximidade. Lição a ser apreendida para chefes e jovens que não são pais ou filhos: AUMENTE A CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO/AVALIAÇÃO E O CONTATO SEMANAL OU DIÁRIO entre jovens e adultos, pode ser ao vivo em reuniões no meio da semana, por redes sociais, ou até mesmo numa reunião de sede mais longa (manhã e tarde).


Além do contato diário entre pais e filhos que amplia a avaliação do escotista para com os jovens, acredito que o TEMPO rico em assessoria e direcionamento que esses pais passam com seus filhos amplia a capacidade de expansão do jovem. Lição a ser apreendida para chefes e jovens que não são pais ou filhos: Além de aumentar a CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO/AVALIAÇÃO E O CONTATO SEMANAL, devemos aumentar a qualidade do TEMPO passado com esses jovens. O tempo deve ser passado educando ou direcionando e não apenas em momentos de reuniões sociais, festas, etc. Considere o COMO e O QUE fazemos quando estamos juntos (jovens e adultos).


Devido ao laço familiar acredito que exista o INTERESSE DE AMBOS os lados que o jovem atinja o sucesso e conquiste o distintivo especial. Todo pai ou mãe quer o sucesso e a felicidade do filho, isso é expandido para dentro do movimento escoteiro. Lição a ser apreendida para chefes e jovens que não são pais ou filhos: DESENVOLVA em seu chefe um interesse real pela sua progressão. Os Chefes devem desenvolver EMPATIA e real INTERESSE pela PROGRESSÃO e DESENVOLVIMENTO do jovem de forma individual e constante.

Filhos de Escotistas têm mais chances de conquistar distintivos especiais? Se sim ou não, sinceramente não sei, porém temos muito o que aprender com essa relação entre pais e filhos escoteiros.

Filhos ou não, pais ou não, todos podem chegar ao topo. Pra cima! Sempre Alerta.

Quer ir para o trabalho de bike, mas lá não tem chuveiro?

Se você tem vontade de ir de bicicleta para o trabalho, mas deixa a ideia de lado sempre que lembra que lá não tem vestiário ou chuveiro, essas dicas são para você. Willian Cruz, do blog Vá de Bike, e Guga Machado, do Eu Vou de Bike, listaram algumas soluções simples para adotar a bicicleta como meio de transporte - mesmo quando não dá pra tomar um banho antes do expediente.

Pedale devagar
Se você pedalar rápido, chegará como se tivesse corrido. Pedalando mais devagar, chegará como se tivesse caminhado.

Faça paradas
Quando perceber que está transpirando mais do que gostaria, pare na sombra por alguns minutos. Beba um pouco de água, respire fundo. Percebendo que a transpiração diminuiu, recomponha-se e prossiga.

Refrigere-se
Leve água gelada, mesmo em dias frios. Ela é seu ar-condicionado de dentro para fora.

Use um bagageiro
Levar a mochila nas costas faz você transpirar bem mais. Instale um bagageiro na bicicleta, prenda bem a mochila nele e descubra a diferença. Você não vai mais querer levá-la nas costas.

Banho antes
Se possível, tome um banho antes de pedalar. Ajuda a não ficar com odor ao transpirar.

Antitranspirante
Use sempre um antitranspirante, antes e depois da pedalada.

Axilas
Limpe-as com um lenço umedecido ou uma toalha úmida (que pode até ser de papel). Seque e passe o antitranspirante.

Cabelos
Se você tem cabelos bem curtos, pode lavá-los na pia também. Nem precisa xampu, água em abundância já resolve. A garrafinha de água quebra um galhão nessa hora. Coloque a cabeça em cima da pia e jogue a água por cima.

Toalha
Leve uma toalha de rosto. Seque com ela o que você tiver lavado (rosto, axilas, cabelo) e depois use a toalha úmida para limpar o resto do corpo.

Playground
Limpe a área genital com lenços umedecidos.

Roupas
Leve na mochila uma muda de roupa completa e se troque no banheiro. É importante levar principalmente outra roupa íntima e outro par de meias.

Bermuda
Recomendamos pedalar de bermuda para não sujar a calça na corrente ou nos raios das rodas. Se o tempo não permitir, prenda a barra da calça junto à perna com um velcro ou enrolá-la para cima, até o joelho.

Sacolas
Leve sacolas plásticas para embalar a roupa suja. Guarde as roupas limpas também dentro de uma sacola plástica, assim, se chover no meio do caminho, elas continuarão secas.

Roupa social
Precisa levar uma camisa que pode amassar? Dobre-a e coloque-a dentro de uma pasta plástica alta, daquelas que se usa em escritórios. Coloque a pasta na mochila ou no bagageiro. Lojistas usam um truque de dobrar a camisa em volta de um pedaço de papel-cartão ou papelão, que também funciona muito bem. Uma calça social pode ir dentro da mesma pasta, com a camisa em volta dela para não ficar com marcas de dobra. O paletó pode ser deixado na empresa, ou colocado em um alforje preso ao bagageiro.

Perfume
Você pode passar um perfume depois de se limpar, mas não exagere para não pensarem que você está tentando mascarar algum cheiro de suor.

Horário
Se o clima da sua cidade é muito quente, procure sair nas primeiras horas do dia, quando a temperatura é mais amena, mesmo que chegue mais cedo em seu local de trabalho.

Jornada de trabalho
Como, em geral, a bicicleta é mais rápida que o carro, renegocie seu horário. Proponha chegar e sair mais cedo. Pela nossa experiência, esta negociação tende a agradar ambos os lados.

Percurso
Se o seu caminho possui muitas subidas, é preferível que você estude um caminho alternativo, nem que isso signifique um aumento em seu percurso. As subidas tendem a nos forçar muito mais, provocando suor e eventual desconforto ao longo do dia.

Continue pedalando
À medida que o nosso condicionamento físico melhora, a tendência é "nem sentir" mais a pedalada, sendo apenas necessário, ao chegar no trabalho, lavar o rosto e as mãos, se enxugando no próprio banheiro com folhas de papel. 

Fonte: Revista Bicicleta

Foto: Jonas Andrade

Educação ao Ar Livre no Jornal da Paraíba

A Coluna Valor da Jornalista Carol Marques destacou neste sábado 02 de outubro, o Educador ao Ar Livre Edmilson Montenegro. A matéria ainda tratou de treinamento experiencial ao Ar Livre. Edmilson aproveitou a oportunidade para divulgar o Escotismo, usando o lenço e viseira com o distintivo da WOSM.


O valor de uma aventura na vida de um jovem!

Qual o valor de uma aventura verdadeira na vida de um jovem?
Vou tentar medir... 
No último fim de semana tive a honra e a oportunidade de ajudar em uma atividade muito especial com o Ramo Sênior/Guia do Grupo Escoteiro Galé 12PB, o objetivo era completar 24km remando pelo Rio Mamanguape, até a sua Barra no Projeto Peixe-Boi Marinho, no Litoral Norte da Paraíba. Jovens, escotistas, convidados e equipe de apoio, todos juntos! Às 5:30 da manhã saímos, em comboio, para o município de Rio Tinto, mais precisamente na ponte onde a PB035 cruza o Rio Mamanguape, a sudeste do centro da cidade. Dia de Sol forte, todos começaram a preparar as canoas canadenses com os equipamentos específicos para a descida.

Antes de entrarmos na água, os jovens, que já haviam recebido formação e progressão básica de uso de colete, uso do remo e canoa, receberam mais algumas aulas iniciais de formação de flotilha e como viajar em grupo em canoas nesse tipo de ambiente. Os Escotistas, antes da partida, ainda fizeram uma completa revisão dos riscos da expedição e como evitá-los. 

As 8:32h o grupo começou a descida, logo de início foi possível perceber que eles estavam prontos para essa difícil aventura, eles remaram muito bem e também controlaram a canoa de forma bastante efetiva. Nas primeiras horas eu estava na canoa líder servindo de “espelho" para eles, mostrando que competências na água e que habilidades de lideranças eles deveriam desempenhar durante a descida. A maré, como já esperada, começou a subir e toda a descida do Rio foi feita com a maré contra, fato que me impressionou ainda mais. 

Ritmo bom, clima sensacional, vibe bacana entre todos, a cada curva do rio os Escotistas ofereciam mini aulas sobre vida silvestre local, fatos históricos de Rio Tinto, agressão ambiental ao rio, tipos de árvores, etc. O nível de educação foi o mais alto que já tive oportunidade de ver numa atividade escoteira nos últimos anos. O Nível de Aventura oferecido foi igualmente elevado. Os escotistas chegaram a um padrão muito perto do que vejo na NOLS (escola de aventura que trabalho nos EUA e no Chile).

Como também já era esperado e planejado, os últimos 4km reservavam o desafio final, maré contra com ondas e marolas, vento de 7-8 nós, sol forte, alguns sinais iniciais de desidratação. Enfrentamos a condição contra, fizemos uma parada estratégica numa gamboa (entrada de mangue), onde descansamos, hidratamos, alimentamos, tiramos água das canoas e continuamos para chegar ao final do percurso em 7 horas de remo, 24km percorridos e jovens extremamente felizes com o que tinham alcançado. 

A noite as mini aulas continuaram com temas de uso de fogareiro, mínimo impacto na cozinha e preparação da comida. 

No dia seguinte ainda fizemos remadas curtas, uma excelente visitação ao Projeto Peixe-boi Marinho, onde os jovens aprenderam e tiveram contato com um animal em ambiente natural na frente do nosso acampamento. A progressão de etapas e especialidades foi elevada e completada. Como se não bastasse, ainda houve uma cerimônia de promessa embarcada no meio do rio em um banco de areia. Sensacional!

Voltamos a João Pessoa no final da tarde onde lavamos o equipamento. Fui deixar um do jovens em casa ao se despedir ele disse: "Chefe, obrigado pelo fim de semana inesquecível!"
Qual o valor de uma aventura na vida de um jovem? Não sei mas posso medir como "Inesquecível".


Edmilson M Fonseca

Vídeo com Imagens da Expedição Rio Mamanguape